quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Se ame pra que eu possa te amar...





O título dessa postagem é um trecho da música, Acenda a luz, da banda Rosa de Saron. Uma belíssima música por sinal. Sempre gostei de refletir a letra dessa canção e em minha reflexão, apesar de saber que a banda é católica, gosto de imaginar que é uma pessoa dizendo para a outra "Se ame pra que eu possa te amar”. Porque sei que Deus nos ama independente do que sentimos por Ele.
Existem muitas pessoas que, infelizmente não se valorizam e, acabam sendo vítimas de outras que são experts em violentar o universo interior e até exterior do outro. Gente que não aprendeu a se amar e por tanto não sabem valorizar a si mesmo e muito menos o semelhante.
Desde que criei esse blog eu ainda não havia debatido, digamos assim, sobre esse tema. Mas já fazia muito tempo que eu queria falar um pouco sobre isso e mais algumas coisas que envolvem esse mesmo tema, como o culto ao corpo, tão comum hoje em dia.
Ontem, como todas as tardes fui caminhar e correr um pouco, com algumas amigas. E do nada, uma delas começou a debochar de mim, me colocou uma porção de defeitos que eu também via nela. Eu sou muito sensível, não queria ser assim, mas como já sofri bullying  na escola na época do ginásio, por parte de dois colegas de classe, então eu sempre fico muito  mal quando alguém aponta algum defeito em mim. Mesmo que eu já tenha um pouco mais de maturidade e aprendido com a vida a me amar como sou e, sabendo que sou uma obra maravilhosa de Deus como todo mundo é, não consegui ficar calada diante das humilhações que foram muitas e acabei magoando a pessoa também. No final, graças a Deus, eu procurei fazer as pazes com ela e ficamos tudo bem, quer dizer, quase tudo bem, porque ao chegar em casa eu me senti super triste com tudo aquilo e outra vez a baixa auto estima veio me perturbar.
Para quem não me conhece pessoalmente e ver minha fotos, imaginam que sou uma garota daquelas “cheinhas”, porque fotos me engordam sabe! E para essas pessoas eu vou hoje confessar algo que não me  envergonha nem um pouco. Sou magrinha, e apesar de ser adulta, tenho corpo de adolescente. Muita gente pensa que tenho 18 anos. KKKK... Mas é apenas a genética e de certa forma uma “sorte” minha. Rsrs... Obrigada Senhor!
Aqui vou começar a contar a minha história com o bullying... Na minha infância , até os 4 anos, eu era uma criança fofinha, mas depois dos cinco fui emagrecendo e obviamente crescendo e ficando com uma altura que minha idade não aparentava. E quando eu estava na quarta série, ouve um desentendimento que deixou marcas profundas na minha auto estima. Tive uma briguinha boba com uma menina da escola e que era mais nova que eu. E uma noite eu estava na praça e a mãe dela me chamou para reclamar comigo e perguntar porque eu havia batido na filha dela. Eu disse a verdade, eu havia batido porque ela tinha me dado um tapa na minha cara. E na verdade eu nem tinha batido com força nela. Mas como era mais nova e dengosa... A mãe dela não acreditou em mim. E começou a dizer tanta coisa ruim sobre mim. Falou até que eu não tinha pai, só porque o meu pai adotivo, meu bisavô Raimundo, já tinha falecido na época e o meu pai biológico não vinha me visitar fazia muito tempo.
Cheguei em casa chorando e minha mãe, como todas as mães, que realmente amam seus filhos foi me defender. Houve uma discussão e por muito tempo não tivemos mais ligação com a família dessa menina. Hoje graças, a Deus, falo com todos e não guardo mágoas, porque é passado e deixa para lá. Apenas ficou marcada as palavras e atitudes desta mãe que não entendia que crianças brigam e seria mais fácil ela ter ido conversar com minha mãe ao invés de procurar satisfação comigo que também ainda era criança, um pouco maior que sua filha, mais nem por isso eu deixava de ser criança.
Então voltando ao assunto dessa desavença, depois disso eu não disse mais nada com a garota e nem com ninguém de sua família, mas uma vez uma de suas irmãs inventou que eu estava rindo dela por ser gordinha e eu jamais tinha feito isso. A mãe delas foi para o portão da escola e juntamente com a mãe de outra garota que me odiava, sem motivo, começaram a debochar de mim me chamando de magricela e outras coisas que não quero citar aqui. Aquilo tudo acabou com minha auto estima, cresci me sentindo a última baratinha no canto da porta...
Quando entrei para a quinta série, eu tinha 12 anos e não era nada vaidosa. Eu tinha o complexo de Peter Pan, não queria crescer e sim ser criança para sempre. Então eu não me arrumava como as mocinhas da minha idade, não gostava de calça jeans colada, e como eu era bem magrinha já dá para imaginar como eu ficava realmente patética com o uniforme escolar. Então dois colegas de classe começaram a debochar de mim e me puseram uma porção de apelidos terríveis que sim, me envergonho em citar aqui. Eu perdi as contas de quantas vezes eu cheguei chorando em casa. E tudo isso favoreceu para que eu adquirisse um complexo de inferioridade.
Foi duro para mim... Mesmo depois, aos 14 anos, quando comecei a aceitar a realidade que tinha crescido e passei a me arrumar melhor e receber elogios, inclusive um ano antes, aos 13 anos,  surgiu o primeiro rapaz a se apaixonar declaradamente por mim e ele era um pouco mais velho que eu, acho que ele tinha uns 17 anos. E não é me gabando não, mas, surgiram tantos pretendentes que depois de um tempo, alguém descobriu que até um dos que debochavam de mim havia se apaixonado por mim.
No entanto eu não conseguia acreditar que alguém pudesse me achar bonita e gostar de mim. Toda aquela experiência negativa do passado, fora o que já havia acontecido desde criança, com meus primos e primas debochando de mim porque eu sempre fui magrinha e se sentindo melhores do que eu... a baixa auto estima já havia se instalado dentro de mim de tal forma que passei a me detestar, mesmo com os elogios de rapazes até mais velhos do que eu e tudo mais eu evitava qualquer assunto sobre namoro e não aceitava namorar ninguém e muito menos ficar. Este último, graças a Deus, porque não é nada certo e sim uma brincadeira de muito mal gosto, usar o outro e deixar-se usar.
Resultado, foi difícil levantar a minha auto estima, hoje, como aprendi com a Canção Nova, que acompanho desde os meus 16 anos, falo da alto estima, isso mesmo com “L” e não com “U”, que é a que vem do Alto, do Céu. É reconhecer a beleza que somos e saber que o Criador  nos dotou de dons maravilhosos.
Entretanto, ainda luto para não cair na baixa auto estima, afinal de contas, ficaram as marcas do bullying registradas no meu subconsciente...É orar e orar e orar todos os dias pela minha cura e trabalhar em cima disso. Um ótimo salmo para curar esse tipo de ferida interior é o salmo 138 (139) que o salmista reconhece o quanto Deus caprichou em nós seres humanos. É muito lindo, vale a pena ler diariamente como uma ação de graças ao Criador por nos ter gerado com tantas belezas, dons e dádivas.
Voltando ao assunto inicial, que é a música do Rosa de Saron... É muito importante agente aprender a se amar, e não dá ouvidos aquelas pessoas que para se sentirem melhor precisam debochar dos outros. Por isso, devemos nos amar primeiro, porque senão não vamos ser amados como merecemos.
É muito comum hoje em dia o “ficar”. As pessoas em um excesso de carência afetiva se deixam levar por cantadas baratas e acabam se deixando usar por outras que também não sabem se amar. O padre Fábio de Melo é especialista sobre esses assuntos, ele costuma falar que é preciso que agente saiba se possuir para então se disponibilizar para o outro. É muito lindo o amor humano, mas o amor verdadeiro, aquele que há respeito, cumplicidade, companheirismo, castidade e é claro que não pode faltar um toque de romantismo que dá muito mais sabor aos que estão amando.
Em  seu livro, Quem me roubou de mim? O sequestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa, padre Fábio escreveu: “É interessante, instigante, mas existem pessoas lindas que só conseguem ser objetos de prazer, nunca foco de desejo. As pessoas passam por elas, porém não permanecem. É a prova de que o prazer não é o suficiente para o outro querer ficar. O que nos faz apaixonar uns pelos outros é o desejo que somos capazes de despertar”.
Com esse trecho do livro fica mais claro porque defendo e levanto a bandeira da castidade. Gente, se nós não nos amarmos primeiro, podemos muito facilmente cair nas garras de alguém que só vai nos explorar, nos usar e não vai permanecer ao nosso lado. Falo agora para as mulheres, que muitas vezes reclamam porque muitos homens as tratam apenas como objeto de prazer. Nós como mulheres, precisamos nos valorizar, ter cuidado com a maneira que nos vestimos, não podemos mostrar aquilo que é sagrado em nós e que só depois do sacramento do matrimônio é que podemos nos revelar e para uma única pessoa, aquela que Deus fez para nós. E ainda continuar, sempre, com respeito e muitas responsabilidade  um pelo o outro.
A mídia mostra, por meio das novelas, comerciais, programas televisivos... a sensualidade e que a mulher precisa ser sexy, ou seja, despertar no homem o desejo sexual. Mas na verdade isso é um desrespeito e um falso valor que a sociedade impõe para nós mulheres.
Quando uma mulher se veste de maneira provocante, com shorts curtinhos, blusas decotadas e tudo mais, evidentemente chama a atenção dos olhares masculinos, afinal de contas, o homem é mais sensível. Como diz o pregador internacional, Jason Evert, que é especialista em teologia do corpo: “O homem se apaixona pelo o olhar e a mulher pelo o ouvido.” 
Então a mulher acha que está abafando quando percebe que os homens a desejam ardentemente. E quando eles se aproximam dela, dizendo que estão apaixonados e tudo, na verdade eles a deseja loucamente apenas para usá-la e aí voltamos ao trecho do livro do padre Fábio, depois de ser usada e abusada, a pessoa não permanece. E olha, pode ser o contrário também, porque não posso só defender as mulheres não, porque graças a Deus existem muitos homens bons que lutam pela santidade, assim como existem mulheres que infelizmente não estão nem aí para o sentimento dos outros e gritam a torto e a direito aquela música que diz: “Já beijei um, já beijei dois, já beijei três...” “Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também.”  Ou seja, é algo muito relativo, por isso não concordo com aquela frase tão famosa que diz:  “Todos os homens são iguais.” “Todas as mulheres são iguais.” Afinal de contas, Deus nos fez únicos, olhe para suas mãos e veja, nem os dedos são iguais, imagina as pessoas. Existe gente de todo jeito. Por tanto, não perca a esperança de encontrar alguém legal e respeitador. Essa pessoa que você tanto espera existe sim! Não desista do amor.
Finalizando, porque  creio eu, que esse foi até agora a maior postagem que fiz aqui no blog e também a mais audaciosa, no bom sentido da palavra, porque sei que muita gente vai concordar e outras nem tanto ou nada mesmo. Mas eu só deixo o Espírito Santo me conduzir, jamais vou pela onda do mundo... Esse blog existe para anunciar a verdade de Cristo e não as coisas do mundo.
Aqui deixo os meus parabéns e o meu agradecimento aos leitores e leitoras que chegaram até aqui, lendo até o final. Obrigada pela paciência, de verdade. Apenas partilhei dos princípios cristãos que acredito e defendo.
E sobre a pessoa que ontem me magoou e eu acabei magoando ela também, estamos bem uma com a outra. Entretanto, hoje vou conversar com ela mais calmamente e dizer pra ela que nós duas somos seres humanos e ninguém é perfeito. Ela é muito novinha e acha que o padrão de beleza que a televisão apresenta é a certa. Mas o mais  importante é aquela beleza que vem do coração. E que a pessoa que Deus fez para cada uma de nós vai nos amar como somos, porque o amor verdadeiro faz uma pessoa enxergar e contemplar o ser amado como  se fosse a principal das sete maravilhas do mundo! Rsrs... O que o amor não faz né minha gente? Isso se for o amor real, aquele que nasce do coração de Deus. Agora aqueles que não concordam e nem valorizam a beleza interior vivem apenas de paixões e a Paixão é algo passageiro. Eu não quero isso para mim... Por isso quero ser uma mulher encantadora e não sedutora. Pois o amor da minha vida que, Deus vai colocar em meu caminho, quero que ele permaneça e não seja apenas alguém que passe, me destrua e vai embora. Eu desejo e quero um amor verdadeiro! O AMOR MAIOR, que vem de Deus.
Que JESUS abençoe a todos! E, “Ame-se para que eu possa te amar...” rsrs...
Kátia Aparecida
    Deixo aqui o vídeo com a música que me inspirou essa postagem! Vlw! #Tamu Junto! 


Acenda a luz - (Rosa de Saron) 

 Já se sentiu tão fraco, sozinho flutuando pelo ar?
Sem nenhum lugar em vista pra pousar?
Já se sentiu vazio, perdido e procurando um cais seguro?
Um mundo em que pudesse se encaixar?

Pra acalmar sua alma, seus sonhos libertar
Mude as vozes que soam em você
Há mais caminhos para percorrer
Conquiste tudo que é seu sem medo de sofrer

Acenda a luz e deixe brilhar
Agora é sua vez de se encontrar
Acenda a luz e deixe brilhar
Se ame pra que eu possa te amar
Já se sentiu estranho, gritando sem ninguém pra escutar?
Como se o mundo inteiro fosse te julgar?
Já se sentiu pequeno, sem forças pra lutar, fingir?
Abra a porta se ela não se abrir

Não deixe ninguém insistir que você não sabe e pode conseguir
Não desista de nunca desistir

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