Na minha última postagem falei sobre namoro. Do quanto é importante saber esperar o momento certo de começar um relacionamento e deixei uma espécie de advertência: Não namore por pressão ou por carência mas sim quando estiver preparado. E Deus sabe o momento certo para tudo.
Ontem um amigo meu estava me aconselhando a arrumar um namorado. Eu falei para ele que agora não, porque eu estava esperando no Senhor. Esse meu amigo acredita em Deus, mas não leva a sério nada que diz respeito aos ensinamentos da Bíblia. Então ele me falou que isso de esperar no Senhor é perda de tempo e que não acreditava que mulher nenhuma resistiria a um homem se estivesse apaixonada. Então contei para ele o meu testemunho e é isso que venho contar hoje aqui no blog.
Esta história de que todo homem é igual e toda mulher é igual é uma grande mentira. Pois existe gente de todo jeito. Até irmãos gêmeos por mais idênticos que sejam não são iguais na forma de pensar, de agir, de sentir, enfim. Basta olharmos para nossas mãos e veremos que nem nossos dedos são iguais quanto mais as pessoas.
Eu sei que tem muita gente que me acha esquisita e se admira porque eu nunca namorei. Isso não é novidade para quem me conhece mas ainda causa muita admiração. Já sofri humilhação, deboche, indiretas que me machucaram profundamente. Mas essas pessoas não me conhecem direito e não sabem o porquê de eu nunca ter namorado.
Sabe, eu fui criança por muito tempo. A minha infância se prolongou pela minha adolescência, então ao treze anos, enquanto as minhas amigas do coral da igreja falavam em meninos, eu falava em bonecas Barbie e em desenhos animados que eram o que eu adorava.Foi nessa idade também que tive meu primeiro pretendente, um rapaz mais velho do que eu que fez de tudo para que eu ficasse com ele e eu não aceitei. Eu ficava era com raiva dos garotos que gostavam de mim. Quando fiquei um pouco mais velha até me interessava por alguns meninos, mas quando percebia que podia ser correspondida ficava com vergonha e acabava não querendo mais ninguém.
Lembro-me que quando eu tinha 11 anos, um garoto me roubou um beijo, um tal de "selinho" que chamam por aí, nossa eu fiquei com tanta raiva que até bati no menino e fiquei tão triste que cheguei em casa chorando, era como se eu nunca mais fosse ser a mesma.
Quando finalmente cheguei a fase final da adolescência eu me apaixonei perdidamente. Mas era um amor platônico e sofri muito porque não entendia o que sentia e, me deprimi muito quando finalmente descobri que também era um amor impossível, porque o rapaz que eu tanto gostava arranjou uma namorada. Nessa época tinha um outro menino que era meu amigo e que gostava de mim, eu sentia algo muito especial por ele e ficava admirada porque ao invés de ter ficado com raiva dele quando soube que gostava de mim eu fiquei foi feliz. Isso fez com eu me aproximasse dele, mas quando ele veio conversar comigo para agente namorar, por causa deste outro eu disse não a ele. Sei que o fiz sofrer e a partir daquele momento nos distanciamos. Ele viajou, passou três anos fora. E durante esse tempo muitas coisas aconteceram e eu percebi que tinha sido uma boba de não ter dito sim a ele,preferindo trocá-lo por uma ilusão, mesmo gostando dele.
Mas ele veio muito diferente, não era mais o garoto simples e humilde por quem me apaixonei. Foi outra decepção para mim, eu achava que ele ainda gostava de mim, como o irmão dele havia falado. Mas me enganei. Porque descobri que ele era um cara mulherengo, que só gostava de farra e de beber.
Por essas e outras resolvi mudar. Comecei a ser muito amiga de uma menina que vivia uma vida desregrada e então resolvi que daquele dia em diante eu ia aceitar ficar com os meninos que aparecessem, embora eu não gostasse de nenhum. Logo eu que já tinha experienciado um encontro pessoal com Jesus, com 16 anos de idade e, nunca tinha aceitado ficar com ninguém porque nunca concordei e tinha preferido esperar no Senhor a pessoa certa. Eu tinha 24 anos quando fiquei pela primeira vez. Graças a Deus não aceitei ter relações sexuais, porque a minha decisão de guardar minha virgindade até o casamento se manteve de pé.
Fiquei alguma vezes, só por ficar mesmo, e um dia enquanto beijava um rapaz vi a imagem de Jesus na cruz chorando por mim. Então eu me perguntei: "Meu Deus, o que estou fazendo? O Senhor morreu na cruz para me salvar por me amar tanto e eu estou pecando contra Ti!"
Na verdade eu sempre achei que essa história de ficar não fazia sentindo algum. Então percebi a besteira que eu estava fazendo e decidi que iria ser a Kátia de sempre, uma jovem temente a Deus, que não concorda com o ficar, mas que espera a pessoa certa, porque não quer um amor qualquer, mas sim um amor de verdade.
Me arrependi muito por ter me deixado levar pela pressão dos outros e ter aceitado "ficar" mas louvo Ao Senhor por ter mantido dentro de mim, firme e forte, a decisão de preservar-me virgem. E sinceramente sou feliz por me guardar. A experiência de "ficar", de beijar e abraçar alguém sem compromisso, só para mostrar as pessoas que zombavam de mim que se eu quisesse eu ficava, me trouxe a firme certeza de que isso não é vida para ninguém. Não vi sentido algum, pelo contrário, só vi vazio. Usar e ser usado, isso eu não quero para a minha vida.
Tempos depois procurei um sacerdote, me confessei e decidi ser inteiramente do Senhor e nunca mais aceitei ficar com ninguém, porque o meu coração não se contenta com um amorzinho barato, qualquer... Porque o AMOR MAIOR que é JESUS é incomparável e esse sim é o amor que vale a pena e é Ele, somente Ele que trará para a minha vida um amor verdadeiro de um homem segundo o coração de Deus, que vai me amar, me respeitar, me aceitar como sou e que não vai querer me afastar da igreja.
