segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Queimadas, um ataque ao meio ambiente


Foto: Kátia Aparecida
  Gosto muito desta época do ano que se aproxima do inverno. O Ceará, assim como todo o Nordeste, precisa de chuva. O período de estiagem parece não ter fim e a expectativa dos agricultores com a chegada da estação chuvosa é grande.
  Infelizmente é também nesta época que acontece algo que me deixa indignada. Se trata das queimadas, que traz danos graves ao solo acelerando o processo de desertificação. Anteontem quase asfixiei com a fumaça vinda de um roçado¹ atrás da minha casa. O dono, como todos os agricultores daqui da região, faz uso de coivaras² para a limpeza do solo.
  Antes, apesar de não concordar, eu achava que as queimadas eram realmente necessárias. No entanto, não imaginava que existia outro meio de limpar um terreno para plantio, ou seja, cultivar a terra sem agredir a natureza.

o livro que ganhei
Foi então que, ganhei de presente o livro, A menina e o espantalho - A história de dois amigos em defesa do meio ambiente, de Francisco Martins e Ismar Maciel. Ganhei de um dos autores, o Francisco, que é natural daqui de Carquejo mas há muitos anos reside em Brasília, onde exerce as profissões de: jornalista, fotógrafo e escritor. Ele trabalha na EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e tem muito conhecimento sobre meio ambiente. O livro veio até com dedicatória, achei o máximo! Sempre quis um autógrafo de escritor. (Risos)
  Através do livro aprendi, entre muitas coisas, que é totalmente desaconselhável o uso de coivaras e recomendável a formação de leiras³ com garranchos, assim o solo se recompõe e a vegetação nativa é preservada. Segundo os autores: "Essa técnica permite que o agricultor plante seu roçado de milho, feijão, mandioca ou de outras culturas na mata, sem nenhum problema''.
  
a dedicatória

  Para quem ficou interessado sobre o assunto ou quer aprender mais sobre meio ambiente e o bioma Caatinga, recomendo este super livro: A menina e o espantalho, que traz uma  história muito interessante, com uma  linguagem acessível, além de ilustrações belíssimas da Serra do Carnutim.




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Outras fotos





1.Terreno, em que se roçou o mato e que se preparou para ser cultivado. Clareira entre o mato.

2. Amontoado de galhos de árvores e arbustos que são separados para se atiar fogo.

3.Restos vegetais amontoados em camadas contínuas, acompanhando o alinhamento do plantio.*

* retirado do glossário do livro: A menina e o Espantalho

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A coragem de recomeçar


  Há momentos na vida que nos sentimos tão vazios que até parece que não temos nada para ofertar à Deus. São as feridas da alma que quando não curadas, criam uma espécie de barreira à ação do Senhor.
  Um dia desses eu estava ouvindo a música, Cacos Pelo Chão, da Fernanda Brum e que me inspirou a preparar esta reflexão. A letra desta música fala muito de mim neste momento. A vida me presenteou com um "não" após anos de ilusão e agora eu preciso ter a coragem de recomeçar. Na minha mente surge tantas perguntas e uma delas é: "Como recuperar o tempo perdido?" Mas será mesmo que foi tempo perdido? Afinal, de tudo Deus tira um bem maior.
  Olhando para a minha realidade, vejo que alguns sentimentos que eu guardava como se fossem jóias raras em uma caixinha de música, dentro da minha alma, hoje se resumem apenas em cacos pelo chão.
  Não é fácil juntar os pedaços e seguir pela vida como se nada tivesse acontecido. Ouso dizer que sozinho ninguém é capaz de fazer isso. Mesmo aquelas pessoas mais auto suficientes. Estas, podem até mentir para si mesmas e para os outros mas só conseguiriam seguir arrastando-se pela vida. E sinceramente viver se arrastando não dá. Como o beato Pier Giorgio Frassati dizia: "VIVER E NÃO FINGIR QUE SE VIVE!"
  A música da Fernanda Brum foi uma resposta de Deus para mim. Principalmente no trecho que diz: "Com o que restou ergue outra vez. Podes reconstruir com o que sobrou de mim. O fundamento não se abalou, ele ficou de pé, esse alicerce é a minha fé!"
 Isso é lindo! O meu coração pode ter sido quebrado em mil e um pedaços mas a minha fé não se abalou. Pois é  a fé que sustenta os servos do Senhor. E somente Ele pode juntar os cacos que estão pelo chão e reerguer o que desmoronou.
   Convido você a meditar a letra desta música tão inspirada pelo Espírito Santo! Que ao ouvi-la você possa se sentir restaurado (a) e forte para seguir com esperança e fé nos caminhos desta vida e com a  certeza de que Deus caminha sempre ao nosso lado!

  Deus abençoe!
  Sua irmã:  Katia Aparecida
  
 
Cacos pelo chão - Fernanda Brum

Deus, estou tão vazio
Nada há em mim
Que te possa entregar
Nada há em mim
Mas como oferecer sem ter pra dar?
Apenas alguns cacos pelo chão
Deus, estou tão vazio
Nada há em mim

Deus estou tão vazio
Nada há em mim
Que eu te possa entregar
Nada há em mim

Com o que restou
Ergue outra vez
Podes reconstruir
Com o que sobrou de mim
O fundamento não se abalou
Ele ficou de pé
Esse alicerce é a minha fé

E como oferecer sem ter pra dar?
Apenas alguns cacos pelo chão

Com o que restou
Ergue outra vez
Podes reconstruir
Com o que sobrou de mim
O fundamento não se abalou
Ele ficou de pé
Esse alicerce é a minha fé