"Ó Jesus, meu Amor... minha vocação, enfim, eu a encontrei, minha vocação é o
Amor! (Santa Terezinha do Menino Jesus)
Hoje acordei muito cedo para preparar a reunião da IAM de Carquejo e, fiquei lembrando do dia em que participei do EFAIAM (Encontro de Formação de Assessores da Infância e Adolescência Missionária), que aconteceu há um ano atrás, quando recebi o certificado de assessora da IAM e o crucifixo. Lembrei-me dos vídeos, das músicas e das palavras da irmã Terezinha Arcanjo que nos deu a formação. Nossa, como o meu coração ardia em um desejo forte de colocar em prática tudo aquilo que eu estava aprendendo.
O carisma da Infância e Adolescência Missionária é muito lindo! Criança evangelizando criança e adolescente evangelizando adolescente. Os compromissos consistem em:
1. Tornar Jesus conhecido e amado.
2. Colocar-nos à disposição de todos com alegria.
3. Repartir nossos bens com os que não têm, mesmo à custa de sacrifícios.
4. Rezar todos os dias pelas crianças e adolescentes do mundo inteiro.
5. Louvar e agradecer a Deus pelos dons recebidos.
6. Manter-se bem informados sobre os acontecimentos que envolvem as pessoas de todos os continentes.
7. Reconhecer o que é bom da vida e cultura dos outros povos, respeitando-os e valorizando-os.
8. Ser bem comportados e responsáveis, em casa, na escola, na comunidade, evangelizando com o exemplo da própria vida.
9. Nunca desanimar diante das dificuldades.
10. Tornar Nossa Senhora, mãe de todos os povos, conhecida e amada.
A preocupação com os que sofrem, de modo especial as criancinhas, a existência de um cofrinho que uma vez no mês, os participantes do grupo depositam uma moedinha durante um ano e, depois é entregue ao pároco que repassa para a diocese e daí é depositado em uma conta para ajudar crianças e adolescente no mundo inteiro, tudo isso faz parte dessa linda missão. A IAM existe há 170 anos e já tem ajudando muito os mais sofridos, pois há inúmeros outros grupos existentes a nível mundial.
Antes de conhecer o trabalho da Infância e Adolescência Missionária, fui por duas vezes coordenadora de grupos de perseverança e de grupo de jovem aqui na minha comunidade, mas nunca tinha me sentido desse jeito sendo assessora da IAM de Carquejo. Me senti privilegiada ao saber que Carquejo foi a primeira comunidade da Paróquia de Mucambo a formar a IAM. Espero e desejo de coração que os representantes das outras comunidades que participaram do EFAIAM também se sintam chamados e desejosos a colocar em prática essa missão tão bela!
Hoje também veio muito forte em meu coração a frase de Santa Terezinha do Menino Jesus que diz: "Ó Jesus, meu Amor... minha vocação, enfim, eu a encontrei, minha vocação é o
Amor! E é isso que eu quero dizer ao meu amado Senhor. Não que eu esteja querendo aparentar ser uma "santinha" como infelizmente ouço muitos falando assim ao meu respeito, como qualquer pessoa de igreja que sofre esses tipos de "deboches" porque sabem dos nossos defeitos e falhas. Mas mesmo eu sendo pecadora como todo mundo, O Senhor quis precisar de mim e me chamou para essa missão. E é esse o meu desejo! A vocação que todos nós somos chamado é o Amor. Amar a todos mesmo aqueles que por algum motivo não nos damos bem, amar as crianças, os adolescentes, os jovens, os anciãos, todos os povos e culturas, a natureza e principalmente a Cristo.
E por fim quero partilhar um dos vídeos que a irmã Terezinha nos apresentou no EFAIAM, e que também foi um dos que mais me tocou e fez arder meu coração com esse desejo de realizar a missão que O Senhor me confiou. Encerro com um dos lemas da IAM: DE TODAS AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO MUNDO, SEMPRE AMIGOS!
Maria das Dores da Silva nasceu em 14 de Setembro de
1928, filha da famosa parteira da região da Serra do Carnutim, Mãe Trocate. Foi
catequista, pertenceu a Irmandade Filhas de Maria, era dizimista, zelada do
Apostolado do Sagrado Coração de Jesus e do Apostolado da Mãe Rainha e
Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Todos os meses recebia em seu
lar a imagem da Mãe Peregrina e para ela aquele era um dia de muita alegria,
pois era uma mulher de muita fé e devoção a Nossa Senhora.
Casou-se com Raimundo Nonato da Silva com quem teve
10 filhos. Atualmente são 34 netos, 40 bisnetos e 1 tataraneto. Ficou viúva no
dia primeiro de Setembro de 1997, justamente no dia em que recebia a imagem da
Mãe Peregrina. E mesmo sem a presença de seu esposo continuou, com muita
dedicação, cuidando e educando os seus filhos, transmitindo sua sabedoria e fé
cristã.
No dia 24 de Dezembro de 2013, aos 85 anos, partiu
dessa vida deixando muita saudade para todos aqueles que a amam. No princípio
foi muito difícil conviver com a dor da perda, entretanto Deus em sua infinita
bondade e misericórdia nos envolveu com seu amor e consolação, nos fazendo
compreender que: aquilo que semeiamos não é vivificado se primeiro não morrer.
(I Cor 15,36) nos dando assim, a certeza da vida eterna.
A saudade ainda é imensa e muito difícil de conviver.
No entanto, como diz uma sábia poetisa: aquilo que o coração amou fica eterno. E ficou em cada coração que a ama verdadeiramente,
sua fé, sua bondade, sua humildade, seu bom humor, seus sábios conselhos e seu
exemplo de mulher guerreira que nos inspira a caminhar sempre em frente, mesmo
com a saudade e o vazio que ficou com a sua ausência. Mas na firme esperança de
que guiados pelas mãos do Senhor, um dia iremos novamente nos reencontrar.
Esses são os mais sinceros sentimentos de seus filhos
e filhas, irmã, parentes e amigos.
Descanse em Paz! Em Deus encontramos forças para
prosseguir. “Porque a saudade eterniza a presença de quem se foi.” (Padre Fábio
de Melo)
Sua filha que te ama e te amará por
todo o sempre:
Kátia Aparecida
Jesus meu Deus humano - Padre Fábio de Melo
Não, eu não vi a sua cura se cumprir
Eu não vi o seu milagre acontecer
Nada que eu pedi a Deus aconteceu
É... Vou tentando achar o rumo por aqui
Vou reaprendendo ser sem ter você
Descobrindo em mim o que você deixou
Grito seu nome
Desejoso de resposta
Quando vejo a mesa posta
E seu lugar sem ter ninguém
Mas nessa ausência
Sei que existe outra presença
Uma força que sustenta
E que me faz permanecer... de pé
É Jesus, meu Deus humano
Meu Deus humano
Que conhece a dor de ver partir a quem se ama
Que chorou de saudade
Que sofreu por seus amigos
E que esteve ao meu lado
Quando eu vi você partir
É Jesus, meu Deus humano
Meu Deus humano
Que conhece a dor de ver partir a quem se ama
Que chorou de saudade
Que sofreu por seus amigos
E que não me abandona
Quando eu não sei compreender
Por que você partiu
Por que você se foi
E porque o milagre não se deu como eu pedi
Não, eu não vou perder a fé nem desistir
Foi você que me ensinou antes de ir
Vou vivendo assim, conhecendo o coração
Que você fez pulsar em mim
Hoje, foi celebrada a missa em memória a minha amada mãe, na capela de São José em Carquejo. Faz 24 dias do seu falecimento. Quanta saudade!
O mês de Dezembro de 2013 me marcou profundamente. Lembro-me das ruas enfeitadas com luzes, árvores, Papai Noel e todos os símbolos natalinos e em minha casa um natal diferente. Pois justamente no dia 25 de Dezembro sepultamos minha amada mãe.
Há mais de quatro meses víamos e vivíamos juntos a luta da minha mãe com uma enfermidade que acabou por lhe tirar a vida, isso é, a vida aqui na terra mas não a vida na eternidade.
Ela tinha 85 anos e no final de Agosto desse ano descobrimos que ela tinha pedras na vesícula e devido a idade avançada, o surgimento de um diabetes descompensado e a insuficiência cardíaca que foi descoberta já em estado avançado não pode ser operada. Por causa da pancreatite aguda, ICC (Insuficiência Cardíaca) e insuficiência renal crônica ela veio a óbito.
Depois daqueles 16 dias hospitalizada, entre agosto e Setembro, era indo e vindo dos hospitais em Mucambo e em Sobral. E em Dezembro ela ficou internada por 12 dias no Hospital Regional Norte e faleceu na manhã do dia 24 às 5:46 h.
Nem preciso dizer que o chão foi tirado dos meus pés. Minha amada mãezinha não está mais aqui comigo fisicamente falando, mas está viva aqui no meu coração. Pois como diz aquela frase tão linda da Adélia Prado:Aquilo que o o coração amou fica eterno.
O Senhor permitiu que eu aproveitasse cada segundo ao seu lado. Inclusive quando ela já estava respirando somente com a ajuda de aparelhos. Eu entrava naquele quarto, beijava-lhe o rosto e dizia inúmeras vezes o quanto eu a amava.
A saudade aqui é imensa, em todos os cantos da nossa casa tem sua lembrança. Meu Deus, como essa mulher maravilhosa me amava! E é esse amor que me conforta e consola, um amor mais forte que a morte, verdadeiro, eterno, jamais morrerá.
No velório, todo mundo estava admirando de minha calma e serenidade, mas nem imaginavam a dor dentro de mim. Eu me abandonei com todas as minhas misérias no mar da misericórdia do Senhor e é Ele que tem me dado forças. Até mesmo na véspera de sua morte, enquanto ela fazia uma sessão de hemodiálise de risco, eu peguei minha Bíblia e pedi ao Senhor um direcionamento e ao abrir a Palavra me deparei com a belíssima passagem de I Coríntios 15, 33-58 que fala justamente sobre a ressurreição da carne. Deus já estava me preparando e me consolando com a esperança e a certeza da vida eterna.
Minha querida mãe resistiu a sessão de hemodiálise mas faleceu na manhã seguinte. Ficaram as boas recordações, seu sorriso lindo, o exemplo de mulher guerreira e trabalhadora, sua humildade e decência, seu bom humor e sua sabedoria adquirida nestes mais de 85 anos, enfim o seu lindo coração que permanece vivo pulsando dentro do meu.
"Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! O que tu semeias não é vivificado se primeiro não morrer". (I Coríntios 15, 35-36)
"Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados". (I Coríntios 15,52)
