sábado, 18 de janeiro de 2014

Aquilo que o coração amou fica eterno!





   Hoje, foi celebrada a  missa em memória a minha amada mãe, na capela de São José em Carquejo. Faz 24 dias do seu falecimento. Quanta saudade!
  O mês de Dezembro de 2013 me marcou profundamente. Lembro-me das ruas enfeitadas com luzes, árvores, Papai Noel e todos os símbolos natalinos e em minha casa um natal diferente. Pois justamente no  dia 25 de Dezembro sepultamos minha amada mãe.
  Há mais de quatro meses víamos e vivíamos juntos a luta da minha mãe com uma enfermidade que acabou por lhe tirar a vida, isso é, a vida aqui na terra mas não a vida na eternidade.
  Ela tinha 85 anos e no final de Agosto desse ano descobrimos que ela tinha pedras na vesícula e devido a idade avançada, o surgimento de um diabetes descompensado e a insuficiência cardíaca que foi descoberta já em estado avançado não pode ser operada. Por causa da pancreatite aguda, ICC (Insuficiência Cardíaca) e insuficiência renal crônica ela veio a óbito.
   Depois daqueles 16 dias hospitalizada, entre agosto e Setembro, era indo e vindo dos hospitais em Mucambo e em Sobral. E em Dezembro ela ficou internada por 12 dias no Hospital Regional Norte e faleceu na manhã do dia 24 às 5:46 h.
   Nem preciso dizer que o chão foi tirado dos meus pés. Minha amada mãezinha não está mais aqui comigo fisicamente falando, mas está viva aqui no meu coração. Pois como diz aquela frase tão linda da  Adélia Prado: Aquilo que o o coração amou fica eterno.
  O Senhor permitiu que eu aproveitasse cada segundo ao seu lado. Inclusive quando ela já estava respirando somente com a ajuda de aparelhos. Eu entrava naquele quarto, beijava-lhe o rosto e dizia inúmeras vezes o quanto eu a amava.
  A saudade aqui é imensa, em todos os cantos da nossa casa tem sua lembrança. Meu Deus, como essa mulher maravilhosa me amava! E é esse amor que me conforta e consola, um amor mais forte que a morte, verdadeiro, eterno, jamais morrerá.
  No velório, todo mundo estava admirando de minha calma e serenidade, mas nem imaginavam a dor dentro de mim. Eu me abandonei com todas as minhas misérias no mar da misericórdia do Senhor e é Ele que tem me dado forças. Até mesmo na véspera de sua morte, enquanto ela fazia uma sessão de hemodiálise de risco, eu peguei minha Bíblia e pedi ao Senhor um direcionamento e ao abrir a Palavra me deparei com a belíssima passagem de I Coríntios 15, 33-58 que fala justamente sobre a ressurreição da carne. Deus já estava me preparando e me consolando com a esperança e a certeza da vida eterna.
  Minha querida mãe resistiu a sessão de hemodiálise mas faleceu na manhã seguinte. Ficaram as boas recordações, seu sorriso lindo, o exemplo de mulher guerreira e trabalhadora, sua humildade e decência, seu bom humor e sua sabedoria adquirida nestes mais de 85 anos, enfim  o seu lindo coração que permanece vivo pulsando dentro do meu.

"Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! O que tu semeias não é vivificado se primeiro não morrer". (I Coríntios 15, 35-36)

"Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados". (I Coríntios 15,52)

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