sábado, 11 de agosto de 2012

Deus está escondido no sorriso de uma criança

“Jesus, porém, disse: Deixem as crianças, e não lhes proíbam de vir a mim, porque o Reino do Céu pertence a elas”. (Mateus 19,14)

H
oje estou sentindo uma  saudade de uma criançinha linda, o Júnior, primo da minha prima Mikaele.  Ele mora em São Paulo e veio com o pai, passar as férias aqui em Carquejo e ontem voltaram para casa. Todo mundo ficou encantado com ele. Um lindo garotinho, muito carinhoso e cativante.
Brinquei muito com ele, antes da despedida. Dói muito ver uma criança derramar lágrimas por ver agente partir. E isso só aumenta o nosso carinho. Ele não queria se desgrudar de mim.
As pessoas que me conhecem, sabe do quanto eu gosto de crianças e elas gostam de mim. Uma senhora, que é minha vizinha, já me disse que parece que passaram açúcar em mim. Sou muito grata a Deus por esse dom de saber lidar com seres tão lindos como as crianças.
O interessante é que, em muitos momentos difíceis da minha vida, Deus veio ao meu encontro através delas.  Lembro-me de três fatos em especial.  Uma tarde, eu estava na sala de aula, na época eu fazia a oitava série.  Como todo adolescente, estava sofrendo uma crise interior. Então uma linda menininha, que tinha por volta de dois anos de idade, apareceu na porta da sala, e como eu sentava na primeira cadeira da fila, ela olhou para mim e sorriu, como se já me conhecesse e depois saiu. Até a professora ficou admirada e comentou o acontecido. Aquele lindo sorriso, com certeza, alegrou minha  tarde.
Quando cheguei no primeiro ano do segundo grau, fui estudar na cidade. Eu me sentia muito sozinha.  Pois apesar de tentar me enturmar com os colegas de classe, os grupos eram muito fechados. E por diversas vezes, em época de provas, ao sair mais cedo,  ficava andando pelas ruas sozinha, enquanto o ônibus não chegava, porque todos os outros alunos já haviam saído em “turminhas”.
Uma vez, depois da prova, eu estava caminhando por uma rua, me sentindo tão solitária e perdida, pois mal conhecia a cidade direito, por ser do interior. Então um garotinho que aparentava ter uns oito anos, passou por mim e notando talvez, meu olhar triste, parou e me perguntou: “Porque você está andando sozinha”?  “Porque meus amigos me abandonaram”.  Respondi. “ Onde você mora”? Perguntou. “Moro muito longe daqui, em Carquejo.” “Ah!” exclamou. Me deu tchau e seguiu.
Naquele momento senti muito forte a presença de Deus. Era como se Ele, através daquele garotinho, estivesse me mostrando o quanto se preocupava comigo. Então me senti mais segura e cuidada pelo Pai do Céu.
Todas as tardes, ao chegar do colégio, estava cansada e triste. E por várias vezes, meu afilhado Cleilton, na época uma criança de 7 anos, junto com seu irmão mais novo, Renan e seu primo Jefferson, vinham trazer flores para mim. Muitas vezes coincidia com a hora do Ângelus, por volta das dezoito horas, e eu então sentia que realmente Nossa Senhora estava velando por mim.
Foram esses e outros tantos fatos que  me fizeram descobrir essa grande verdade: Deus está escondido no sorriso de uma criança.




Um comentário:

Anônimo disse...

Me emocionei com o seu testemunho amiga... crianças são bênçãos de Deus! Eu tenho dois sobrinhos, Ramon e Matheus, nossa...quanta aprendizagem eles me passam, quanta evangelização...no olhar, no sorriso, no falar!
Realmente, "Deus está escondido no sorriso de uma criança", quanto aprendemos com cada uma!
Deus a abençoe amiga e Nossa Senhora esteja sempre ao teu lado, te guardando!
Um forte abraço! Tamu juntas!