quinta-feira, 14 de abril de 2011

Eu não posso ter medo de correr riscos...


  Há uns meses atrás, ganhei de um amigo, o livro Antologia Poética, de Olavo Bilac. E tem uma poesia  que desde que li pela primeira vez, me fez lembrar da importância de não ter medo de correr riscos. Lembrei também de uma música da banda Rosa de Saron, Chance, música linda que se você puder conferir não vai se arrepender. Tem uma frase na letra dessa canção que resume tudo o que Olavo Bilac, quis dizer através do seu poema, Remorso. A frase é a seguinte: " Só há uma chance pra viver." Frase aparentemente simplista, mas que tem um grande poder, o de nos fazer refletir essa verdade. Só temos uma vida para viver e por isso, precisamos lutar para vivê-la bem.
  Por tanto não podemos desperdiçar nenhum minuto da nossa existência, fechados em nossos medos, principalmente o medo de arriscar. É claro que isso não é desculpa para fazermos tudo o que der na telha, claro que não. Mas conscientes dessa verdade, transformemos nossa vida, de forma que possamos ir ao encontro do novo sem medo de ser feliz.
  Quantas vezes deixamos de dizer "eu te amo" com medo do que outro possa pensar? quantas vezes deixamos de dar um abraço naqueles que amamos, mesmo sem saber o que vai ser do amanhã? Quantas chances de vivermos momentos maravilhosos, foram desperdiçadas, pelo simples medo de que pudéssemos sair magoados?  Se pararmos pra pensar, veremos que não foram poucas as vezes que fizemos isso.
  Mas não é tarde, ainda temos o hoje, o amanhã não importa, o passado menos ainda. Um futuro  feliz depende de como vivemos o presente. Por tanto, não sei você, mas eu não posso ter medo de correr riscos. Prefiro  passar por essa vida  em vez de deixá-la passar por mim. E para ajudar nessa reflexão, partilho com você a poesia que tanto me inspirou, espero que quem não conheça, goste.

                                     Remorso

                Às vezes, uma dor me desespera...
                Nestas ânsias e dúvidas que ando,
                Cismo e padeço, neste outono, quando
                Calculo o que perdi na primavera.


                 Versos e amores sufoquei calando,
                 Sem os gozar numa explosão sincera... 
                 Ah! mais cem vidas! com que ardor quisera
                 Mais viver, mais penar e amar cantando!


                  Sinto o que esperdicei na juventude;
                  Choro, neste começo de velhice,
                   Mártir da hipocrisia ou da virtude,


                   Os beijos que não tive por tolice,
                    Por timidez o que sofrer não pude, 
                    E por pudor os versos que não disse!
                            
                             Olavo Bilac

Um comentário:

Rocicleide disse...

vou começar a me interessar sobre literatura. Do jeito que vc fala sobre o assunto tô vendo que é algo muito legal! sim Kátia, não podemos ter medo de correr riscos! obrigada por esses posts legais! tem me ajudado muito!muita paz e bênçãos dos céus!