Minha rua tinha muitos idosos, conhecia todos desde criança, mas a maioria deles já morreram. Meu pai adotivo (meu bisavó) Raimundo, dona Ermínia, dona Inês, dona Toinha, seu Osvaldo, seu Antonio Lopes, seu Caboquinho, compadre Antonio, seu Messias e agora seu Chagas. Todos já não se encontram entre nós. Muitas casas da minha rua estão fechadas, não há muita movimentação, principalmente a noite.
É. "A vida passa como um rio", como diz a música do Rosa de Saron. Parece que foi hoje que eu era uma criança brincando em frente a minha casa, enquanto muitos vizinhos sentados nas calçadas conversavam alegremente.
Mas é preciso que a vida siga seu rumo. Não temos como impedir que o tempo passe. Tudo isso faz parte da realidade humana. As mudanças acontecem e pronto.O importante é termos fé sempre, confiando em Deus que nunca nos desampara. E aprendermos a tratar bem à todos, a sermos acolhedores, receptivos, pois não sabemos quanto tempo resta para aqueles com quem convivemos.
Vai ser muito estranho passar pela calçada e não ver o seu Chagas sentado, sempre tendo uma prosa para dizer. Que ele descanse em paz!
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